Portimão: Cem professores voltam ao trabalho após garantias de pagamento por parte da câmara
15-03-2012 09:48
Portimão: Cem professores voltam ao trabalho após garantias de pagamento por parte da câmara |
|
Cem professores que tinham interrompido as aulas de atividades extra-curriculares a mais de 2.000 alunos do 1.º ciclo em Portimão voltaram hoje ao trabalho, após terem recebido garantias do pagamento de verbas em atraso, disse à Lusa fonte do município.
Os professores dos 10 centros escolares daquele concelho interromperam na sexta-feira aquelas aulas, ministradas entre as 15:30 e as 17:30 (após o horário letivo das crianças), em protesto contra o atraso no pagamento de salários, devidos pela empresa Educar e Sorrir. A empresa tem um contrato com a Câmara de Portimão para providenciar as atividades, entre as quais inglês e ginástica, a todos os alunos do 1.º ciclo do concelho, a troco de uma verba mensal de 80 mil euros paga pelo município. A Câmara de Portimão, por seu turno, recebe uma verba do Ministério da Educação, de 10 euros por cada aluno, que, segundo fonte do município, nunca esteve em atraso. A fonte autárquica reconheceu que a câmara não teve condições para pagar a subvenção mensal referente a fevereiro, que deveria ter sido transferida para a empresa até à passada quinta-feira, dia 08, e os professores, entretanto informados pela empresa Educar e Sorrir, suspenderam o serviço logo no dia seguinte. No entanto, segundo a mesma fonte, a principal preocupação dos professores é a dívida acumulada da câmara para com a empresa, referente a outros anos letivos e que integra o plano de saneamento financeiro da autarquia, atualmente em análise no Tribunal de Contas. A presente falta de verbas para pagamento à Educar e Sorrir é justificada pela autarquia com a “tremenda diminuição de receitas”, na ordem dos 60% em fevereiro. O regresso dos professores à atividade letiva permite que os 2.000 alunos, além de terem acompanhamento a partir de meio da tarde, voltem a ter aulas de inglês, educação física e expressão dramática. Apesar das tentativas, a Lusa não conseguiu contactar a empresa Educar e Sorrir. A interrupção do serviço levantou vários problemas aos pais, que foram obrigados a ir buscar os filhos às 15:30 “ou então a deixá-los na escola, ao deus-dará”, queixou-se à Lusa a mãe de dois alunos do Centro Escolar do Pontal, sublinhando o perigo de deixar os filhos numa escola ainda em obras. |
![]() |
|||||
|